OS 18 MANDAMENTOS SOBRE MÚSICA
Mesmo correndo o risco de olhar pra isso no futuro e me arrepender horrivelmente, listo abaixo os 17 mandamentos que criei para mim mesmo. São inspirados em Maurício Pereira, Tom Zé e no Neo-realismo Italiano. (Renato Villaça)
1- Privilegiar composições próprias ou de parceiros com conexão direta.
2- Não utilizar figurinos, cenários ou quaisquer aparatos que não sejam musicalmente necessários.
3- Não ter um formato de apresentação fechado. Cada apresentação é única e merece preparação de acordo com a ocasião.
4- Não haver trabalho de direção e inserção de falas, explicações fixas e decoradas.
5- Não pretender reproduzir o disco no show e vice-versa. São formas independentes.
6- Não me associar diretamente com projetos que não tenham conexão ou interesse.
7- Evitar utilizar músicos profissionais (principalmente se tiverem ligações com projetos desconexos). Com raras e boas exceções, é claro.
8- Recusar convites para matérias ou programas que não tenham conexão com minhas idéias.
9- Utilizar-se criativamente dos recursos tecnológicos (entenda-se da forma mais aberta possível) disponíveis, desde que em condições livres. Valorizar o “low tech”.
10- Nos shows, não procurar ocultar diálogos, falas ou adaptações do público. Usar direto o microfone. Tratar o público de igual pra igual.
11- Só ter um produtor se ele for meu amigo.
12- Evitar o acúmulo e excesso de apresentações. Isso compromete a novidade e espontaneidade de cada uma. Além do mais, vai cada vez menos público...
13- Na dúvida, optar sempre pelo evento de “menor importância”. Afinal, as coisas “importantes” não têm importância nenhuma.
14- Adotar e divulgar o “copy left”.
15- Estimular a pirataria e me autopiratear com freqüência.
16- Só trabalhar com amigos.
17- Boicotar de todas as formas a Ordem dos Músicos do Brasil (uma das organizações mafiosas mais antigas que ainda permanece em atividade).
18- Infringir as regras acima quando for artisticamente ou ideologicamente justificável.
Um comentário:
isso aí.
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