"Tenho duas namoradas, a música e a poesia, que arrasam com as minhas noites, que acabam com os meus dias"

Era algo assim a música do Itamar e da Alice...

Hoje me toquei que estava maltratando a coitada da música. Disse até em uma entrevista recente, "a música é escrava da poesia". Que horror! Conversando com o meu orientador, Indioney (Aí um aluno entrou e disse: aí professor, feliz dia do Indio!), ele comentou que nas nossas músicas as letras tinham um nível e que as músicas tinham que acompanhar a coisa, senão não tinha poética nenhuma. E é verdade! Tá na hora de dizer "Tudo que você sabe está errado", mudar músicas, instrumentação, letras, acordes, melodias, e por fim zelar pelo meu diploma que nem saiu ainda! É muito complexo esse equilíbrio, que com as palavras a gente tá mais acostumado, o ser humano fala muito mais do que faz música ou canta no chuveiro! Música é um negócio que é estudo pra vida inteira. Você pode ler poesia e outros escritores fodássos e acabar escrevendo algo que preste, mas é muito mais difícil uma pessoa só de ficar ouvindo Bach, Arrigo Barnabé, Schoenberg, Tom Jobim, Chico Buarque sair tocando alguma coisa. Inevitavelmente você vai sentir necessidade de estudar algum instrumento (ou mais de um) ou de algum tipo de técnica. Talvez eu tenha precisado negar a música pra buscar um equilíbrio, uns anos atrás eu dizia que o meu negócio é música que poesia sei lá. Elas tem coisas em comum, a cadência, a melodia, intensidade, e principalmente: O Rítmo! (Não vou misturar o porquê da minha bateria no meio disso tudo, já chega desse forrobodó). Estou ainda tentando descobrir o casamento perfeito entre elas. Acho que andam numa fase de discutir a relação.

Pra sacanear as palavras então vai uma listinha de coisas que dizemos na infância e teimamos em dizer que estão corretíssimas, apenas por uma questão de lógica:

Célebro X Cérebro
Pírula X Pílula
Acabaxi X Abacaxi
Muinto X Muito
Parabenis X Parabéns
Sejão X Sejam