sexta-feira, setembro 02, 2005
5 quilos a mais. Todo inverno é assim.
Ontem, ao parar numa loja para compra uma calça jeans descobri que engordei pa carai. Dos 10 quilos perdidos, uns 4 ou 5 recuperados. Depressão? Não.
Depressão foi quando eu tinha 12 anos e estava triste pensando nisso. Estava no shopping Omar e vi uma menina na minha direção, da minha idade. E pensei comigo: "pelo menos eu não sou tão gorda quanto essa aí".
Não era uma menina. Era um espelho.
Eu estava no pico dos hormônios, e não sabia que aquela gordura desproporcional viraria peitos, bundas, corpo de mulher.
O bom que ali eu larguei a ilusão de virar uma "gisele", ou uma "naomi". A minha adolescência serviu para afirmar para afirmar minha paixão pela leitura, pelo conteúdo, pelo interno das pessoas.
Hoje até sou grata a isso, porque meio que por isso larguei mão de ser escrava da minha aparência. De ter letra bonita. De estar sempre com a roupa impecavelmente-combinando-na moda-passadinha-com penduricalhos.
Roupas, moda, sato alto, grana, grana, viagens, carro novo.
Não dá para conciliar isso com conteúdo. Com pegar no batente. Dar aula para crianças. Ser inteligente. Ser "pobre" mas ser feliz.
Beleza pra mim é clarah averbuck. Que tem a vaidade toda dela e um puta conteúdo.
No final, descobri que tenho um certo preconceito por peruas gordinhas. Afinal, o que elas escolheram então? Eu sei a resposta mas me dá até vergonha falar sobre isso.
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Um comentário:
Bom, mas mesmo assim, voltei a fazer reeducação alimentar!
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