quarta-feira, novembro 28, 2007

se vc não quiser ser babá na holanda vá até a página 42.



by lina faria in olhodarua55

Uma coisa é o tal do destino (travestido nas coincidências, que eu não acredito, e os "males que vem pra bem").

Outra são os pontos de escolha.

Lembra daqueles livros que existiam que você escolhia o destino do personagem? Pois é. Eu amava, apesar de meio difíceis de achar (alguém sabe se ainda existem?). Aos poucos a vida vai ganhando esse formato, mas com a desvantagem de que você não pode voltar a história ou ao menos saber o que aconteceria se você não tivesse tomado aquela atitude.

Essas escolhas tem que ser rápidas, são rápidas. E você mal sabe, muitas vezes, na hora, que está fazendo uma grande escolha.

Na minha vida tiveram várias que eu posso delimitar. Um show que de última hora resolvi ir. Uma viagem que não deu certo, o carro atolou e voltamos (a metros do destino). Vários. Mas têm dois que são poderosos.

O primeiro no meu vestibular. O inspetor passou pra carimbar meu dedo, disse alto as horas e eu marquei errado no gabarito. Marquei as horas. Era uma questão de matemática, e como não é o meu forte eu relaxei. Quando conferi os resultados seria uma questão inteira acertada que eu joguei no lixo. Naquele ano fiquei por 10 candidatos. Ou seja, eu passaria, e não trancaria (eu sou teimosa). O que seria de mim uma publicitária?

Outro momento foi dois anos depois quando um amigo me ofereceu o seguinte: ir para holanda trabalhar de babá na casa da prima dele. Tudo pago. Mas eu tinha passado na FAP e não topei. Tá, tá, tá. Desse episódio eu me arrependo bastante.

Mas e aí? Eu teria voltado para o Brasil? Teria conhecido o Téo, lançado livros e CDS, tido filho? Vá saber.

E você? Qual ponto de escolha mudou tudo radicalmente?

12 comentários:

Marilia Mercer disse...

Quando eu resolvi não voltar mais pra Curitiba.
Acho que foi a primeira decisão por conta que eu fiz na vida. Não me arrependo em nada, mas sempre fica um "e se" né?
Por pura curiosidade como se fosse mesmo um desses livros que depois de você ter terminado de um jeito volta no começo e lê tudo diferente.

BjoS!

Renato Villaça disse...

E eu estava no episódio do carro. Com aquele picareta irresponsável do makely atolado.
Episódios que mudaram o rumo das coisas? De 2005 pra cá eles são quase diários...

Flávio Jacobsen disse...

Acho que não acredito no destino, visto que este você pode mudar, mas sim no acaso. Adoro o termo 'obra do acaso'. Morar no Pilarzinho e sacar o Leminski e a morena bonita que andava com ele, por acaso, foi algo assim.

Anônimo disse...

eu discordo

FAKE disse...

Pra ser sincero, não gosto de pensar nisso. De um dos meus livros preferidos (O ÚLTIMO SAMURAI de Helen Dewitt, nada a ver com o filme!): de todas as frases que alguém pode dizer, nenhuma é pior do que "poderia ter sido".

Eu sou feliz agora, e é o que importa. de outro jeito seria de outro jeito e eu não tenho como saber se seria melhor.

Anônimo disse...

Eu me lembro daqueles livros. Tenho guardadas algumas revistas que têm pequenas aventuras neste formato. É um tipo primitivo de RPG. Bem... Voltando ao assunto: uma coincidência enorme entre nós. Também fiquei por causa de algumas questões no vestibular do ano passado da UFMG. 10 pessoas ficaram na minha frente... frustrante.

Eu penso nos "pontos de escolha" da minha vida, mas eu os encaro de maneira diferente. Não penso nos que passaram, mas nos que se apresentam na minha frente a cada dia... Águas passadas sob a ponte não vão mudar o fato de novas águas continuarem correndo.

Um abraço!

Anônimo disse...

Estrelinha,
Adorei ver minha foto aqui.
E essa coisa de destino, acaso, é o que dá graça à coisa.
A gente tem que seguir sempre a intuição.
acesse o Olho amanhã. vou postar uma fotinho do Leon.
beijos,
Lina

Anônimo disse...

voor mij, alles goed.

Unknown disse...

Poxa, seriam aqueles livrinhos com nomes tipo "O calabouço de não sei o que", aonde cada "capitulo" ou "trecho" terminava com "se você quer abrir o baú, vá para apág 42. Se você prefere examinar atrás do espelho, vá para a pág 70"? Eu lia vários desses, adorava! Sem falar do péssimo hábito de olhar sempre as duas escolhas. E curiosidade desonesta de criança! TEm essa, nesses livros sempre da pra ver o que acontece... já eu não sabia o que ia acontecer quando troquei tão jovem os "embalos de sabado a noite" pela vida ao lado de mulher, enteada e filho. Ou quando abandonei a faculdade de filosofia para me dedicar ao jornalismo, que abandonei também! É uma coisa meio "Corra Lola Corra", um filósofo que não sei o nome (lembranças vagas da sala de aula) chama isso de momento ideal. Mas também é bacana pensar se a vida não é quase uma sucessão de momentos ideais e a gente que, por motivos nossos, dá importância a meia duzia deles.

Beijo!

E.R.L. disse...

marilia: nossa eu lembro disso. e graças a isso vc tem o mateus e tudo. me senti impotante agora.

vilaça: pois é. e acho qu se eu tivesse sacudido mais um pouco talvez o leon não tivesse rolado. que louco né? viu, eu disse na onça que eu sabia que eu tava grávida e vc não acreditou!

flávio: hehehe! obra do acaso... será? eu não acredito em coincidências.

anônimo: então tá.

ber: ainda mais com as mudanças de cidade de vcs.. não tem como imaginar vcs sem ter vindo, e vcs sem ter ido...

joão felipe: ai, pensar nos que vem me dá até frio na barriga. nem consigo.

lina: foto linda aliás... coisa boa é pra divulgar!

caito: é verdade, o corra lola é isso. bem lembrado... eu adorei esse filme. cedo mulher enteado filho? igual eu. só mudam os gêneros.

Anônimo holandês: Dus als u zou kunnen identificeren. Dit is een keuze. Als alles is.

FAKE disse...

Aaaaah, tá, os Livros das Aventuras Fantásticas, aqueles verdinhos? Eu tenho 23 na minha coleção. se alguém tiver algum dando sopa, é só falar!

E.R.L. disse...

ò lá:
http://aventuras-fantasticas.blogspot.com/