O neném esperançava atentamente o olhar da mãe. Ela, mais uma vez, desvia o olhar, tristemente absorvida nas suas pequenezas. E foi indo, até ele desistir de olhar e aprender a duras penas o que é crescer. Assim que o neném virou um menino foi morar em nova família, para que outro neném tivesse espaço no vazio de seu olhar. E mais outro.
Assim, a mãe, absorvida por auto-piedade, proferiu para se justificar:
- Tomara que eles tenham o filho deles, e param de olhar pro meu.
Não deu outra. Engravidou de novo. De gêmeos. A inveja não passa de ponto de vista.
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